A Transformação do AC Milan: Da Crise à Recuperação
Giorgio Furlani, CEO do AC Milan, compartilhou informações cruciais sobre a turbulenta transição de propriedade do clube e as estratégias implementadas para sua recuperação. Em um relato detalhado, Furlani descreveu como o fundo Elliott Management entrou em cena quando Li Yonghong enfrentava dificuldades financeiras.
“Inicialmente, hesitei em investir no futebol, acreditando ser um negócio deficitário”, admitiu Furlani. “Contudo, a situação única de Li Yonghong, que necessitava de 300 milhões de euros para completar a aquisição do Milan, apresentou-se como uma oportunidade de investimento potencialmente lucrativa.”
Furlani revelou que Li Yonghong assegurou que 18 meses seriam suficientes para reembolsar o empréstimo, alegando que seus fundos estavam retidos na China. No entanto, em julho de 2018, Li deixou de injetar dinheiro no clube, levando o Elliott a assumir o controle.
“O Milan estava em um estado de completo abandono administrativo”, afirmou Furlani. “Nossa prioridade imediata foi estabilizar as finanças e melhorar o desempenho em campo.”
A estratégia do Elliott focou-se em três pilares principais:
1. Melhorar o desempenho esportivo para garantir receitas da Liga dos Campeões.
2. Equilibrar custos, especialmente com salários de jogadores.
3. Investir no lado comercial para monetizar o sucesso esportivo.
“Reconhecemos que o sucesso esportivo é crucial, mas não podíamos persegui-lo a qualquer custo”, explicou Furlani. “Nosso objetivo era vencer mais jogos com uma folha salarial mais enxuta.”
Sob a liderança de Ivan Gazidis, o Milan reconstruiu sua equipe de gestão, focando em eficiência financeira e excelência esportiva. Esta abordagem equilibrada tem sido fundamental para a revitalização do clube, tanto nos aspectos financeiros quanto competitivos.