O técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, confirmou que certa vez recusou assumir o comando da seleção italiana porque temia que um “trabalho de meio período” o fizesse perder “um pouco da paixão”.
Ancelotti já havia revelado que rejeitou a oportunidade de se tornar técnico da seleção italiana em 2018, antes da nomeação de Roberto Mancini.
Durante sua recente entrevista à RSI, ele discutiu mais sobre a possibilidade de treinar a Azzurra.
“Eu disse não porque não estava com vontade”, disse ele.

“Eu realmente gosto de estar em campo diariamente para preparar as sessões de treinamento, e a seleção nacional parecia um trabalho de meio período que me faria perder um pouco da minha paixão. Essa é a única razão.”
Ancelotti também falou sobre Filippo Inzaghi, um dos atacantes italianos mais prolíficos de sua geração, que conquistou dois títulos da Liga dos Campeões pelo Milan sob o comando de Ancelotti.
“Ele era um grande talento porque conseguia ler algumas situações e encontrar espaços como ninguém”, disse o tático italiano.
“Acho que ele marcou mais de 300 gols, mas aqueles com mais de um toque não foram mais do que 10%.”
Ancelotti retornou para uma segunda passagem pelo Real Madrid em 2021, juntando-se aos Merengues vindo do Everton. Ele não ficou surpreso com a ligação do Real Madrid, pois foi ele quem contatou os gigantes da La Liga primeiro.
“Na verdade, fui eu quem liguei para eles”, disse ele.
“No ano anterior, eu tinha entrado em contato para ver se eles tinham algum jogador disponível, e acabamos contratando James Rodriguez. Eu sabia que eles estavam procurando um treinador no ano seguinte. Falei com o diretor e disse que eles precisavam contratar um bom.”
Em sua segunda passagem no Bernabéu, Ancelotti conquistou dois títulos da Liga dos Campeões, tornando-se o técnico mais bem-sucedido da competição de elite da Europa, um troféu que ele já levantou cinco vezes.