O mercado de transferências mal começou, mas os principais jogadores do Bologna já atraem grande interesse. Clubes como Napoli e Roma estão de olho em nomes como Beukema, Ndoye e Lucumí. No entanto, o verdadeiro movimento dos clubes estrangeiros, que costumam ter maior poder financeiro, ainda está por vir – uma dinâmica já vista no ano passado com Zirkzee e Calafiori, que apesar de ligados a Milan e Juventus, acabaram na Premier League.
Durante o Festival da Serie A em Parma, o CEO do clube rossoblù, Claudio Fenucci, conversou com a Sky Sport 24 e reiterou o forte desejo da equipe em manter seus principais atletas. “A situação é a de sempre, nossos jogadores são ligados a outros clubes, mas agora é normal. O que me incomoda é quando isso acontece durante o campeonato”, disse Fenucci. “Queremos manter o máximo possível deles, idealmente todos, pois desejamos seguir nosso caminho de crescimento esportivo nas quatro competições que teremos pela frente. Sabemos que será difícil, mas essa é a nossa intenção no momento.”
Fenucci confirmou o interesse em Ndoye e outros jogadores, enfatizando repetidamente que o Bologna não é um “supermercado”. Em outra entrevista, à Sportitalia, ele declarou: “Quem não estiver convencido a ficar, tentaremos persuadir, apresentando nosso projeto e nossas ideias. Depois, veremos o que acontece com os jogadores e suas exigências.” Recentemente, o Napoli intensificou a pressão por Beukema, considerado prioridade para a defesa sob o comando de Conte.
O próprio jogador indicou à ESPN Holanda que está aberto a novas oportunidades: “Se um trem importante para minha carreira passar, consideraria embarcar, seja este ano ou no próximo.” A resposta de Fenucci na Sky foi, mesmo com um sorriso, direta: “Talvez tentemos fazê-lo perder o trem, para depois convencê-lo de que, tendo perdido o trem, ele pode ter um caminho de crescimento conosco, recebendo a satisfação econômica adequada. Ainda podemos oferecer aos jogadores uma história de metas e sucessos.”
Ele também destacou os planos para novas contratações. “Queremos um elenco mais extenso”, afirmou. “Isso é sugerido pela tendência global de lesões e pelo ritmo que teremos com a Liga Europa, com jogos de quinta e domingo, diferente da Champions. Isso criará algumas dificuldades para o treinador, mas temos uma equipe preparada que se organizará. Sartori e sua equipe trabalham há muito tempo: durante o ano, 20 observadores viajam e assistem a mais de 2.000 jogos ao vivo. Temos alguns alvos, mas dependerá das condições financeiras.”
O dirigente também confirmou as informações divulgadas recentemente pela imprensa sobre a cláusula no contrato de Jhon Lucumí. “Existem casos específicos, como o de Zirkzee no ano passado, onde há uma cláusula e o jogador decide independentemente do clube. No elenco atual do Bologna, há um jogador com cláusula, e esse é Lucumí.” O valor exato é de 28 milhões de euros: com essa quantia, o zagueiro colombiano pode sair imediatamente. No entanto, com um contrato até 2026 e uma opção (que será ativada) de prorrogação até 2027, além de uma renovação em espera, é possível que os clubes interessados consigam fechar o negócio com um valor ligeiramente inferior, talvez próximo de 25 milhões de euros.
Rui Queirós