A história com Asensio repete-se. Parecia que após os incidentes lamentáveis na visita do Real Madrid a Anoeta para o jogo da Taça do Rei, tudo mudaria. No entanto, longe disso acontecer. Na visita ao Vitoria, os cânticos contra Asensio voltaram a ser ouvidos com força. Várias mensagens contra o jogador do Real Madrid, desejando-lhe a morte, vieram de uma parte do estádio de Mendizorroza. Cânticos lamentáveis cujo desfecho ainda vamos ver.
“Asensio, morre”
Esta foi a mensagem mais repetida sempre que o Real Madrid tinha um lance de bola parada a seu favor. Em cada canto, os cânticos começaram. Tudo por causa da presença de Asensio em cada lance de ataque. Cânticos vergonhosos que pioraram com o golo, posteriormente anulado, de Raúl, por falta do seu colega de defesa, Rüdiger. Mensagens como “Asensio, morre” ou “Asensio, escória, fora de Vitoria”, repetiram-se várias vezes durante o jogo, levando mesmo à paragem da partida por alguns minutos na segunda parte. Ambos os cânticos foram registados em ata por César Soto Grado após o jogo.
Ata do Jogo Deportivo Alavés – Real Madrid
“Aos 70 minutos de jogo, aplicámos o protocolo de atuação contra a violência verbal, parando a partida e solicitando ao Delegado de Campo que anunciasse pela megafonia o fim dos insultos e cânticos que vinham de um setor da claque local, identificados pelas suas camisolas e cachecóis, contra um jogador visitante. Entre os insultos e cânticos, identificámos os seguintes: “Asensio escória, fora de Vitoria”, “Asensio, morre”. Foi o que constou na ata arbitral após o jogo.
A Resposta de Asensio
Não é a primeira vez que isto acontece, mas é a primeira vez que vimos esta reação do jogador. Numa das vezes em que os insultos foram proferidos, e após ser filmado por uma câmara da Movistar+, o jogador, de forma irónica, continuou os insultos de “Asensio, morre”, acompanhados de um olhar para a zona de onde vinham as mensagens. Mas o mais surpreendente veio depois. Após a paragem do jogo, foi o próprio Asensio quem se aproximou de Soto Grado para pedir que continuasse a partida e não desse mais importância ao que se passava na bancada, um sinal de que o jogador estava totalmente concentrado no seu bom jogo. Mesmo assim, o árbitro fez tudo o que indicava o protocolo. Veremos nos próximos dias qual o desfecho final deste desagradável acontecimento que se repetiu mais uma vez.
Rui Queirós