Carlo Ancelotti conversou com Giacomo Poretti, um conhecido ator e diretor de cinema, em seu podcast. Durante a entrevista com seu compatriota, o técnico italiano revisou sua trajetória nos bancos e falou sobre o momento atual do Real Madrid, equipe que treina e com a qual tem contrato até 2026. Estas foram suas declarações mais importantes:
Ancelotti falou sobre sua experiência atual no Real Madrid e sobre seu possível fim: “Não serei eu quem decidirá quando terminará minha aventura com o Real Madrid. Isso está claro para mim. O presidente decidirá, mais cedo ou mais tarde acontecerá”. Além disso, o treinador avaliou a grandeza que o clube tem demonstrado nos últimos anos e revelou o segredo: “O Real Madrid soube se adaptar ao futebol moderno. Não há um dono como em outros clubes. Os proprietários são os sócios. A tradição é transmitida de geração em geração. Santiago Bernabéu entendeu isso bem e agora Florentino Pérez. Ninguém está acima do clube”.
‘Carletto’ foi questionado sobre o papel dos treinadores no futebol atual: “Às vezes parece que somos pouco valorizados. Gostaria de ser uma mosca para ouvir o que um jogador diz quando não joga e volta para casa. Muitos jogadores discutiram comigo, mas no final tudo se resolveu. Havia um jogador, não vou dizer o nome, que quando eu falava no vestiário, colocava a toalha no rosto para não me ouvir. Foi no início de sua carreira. Um dia eu disse a ele: ‘Não podemos continuar assim’. Há jogadores que, quando você os deixa no banco, têm dificuldade em te cumprimentar pela manhã. Aí eles confundem a pessoa com o jogador”. O técnico é um dos poucos treinadores que vivenciaram de dentro a evolução do futebol nos últimos anos. Assim explica a evolução do papel dos treinadores: “Agora é muito mais complicado do que antes. Antes, eu só tinha um papel onde colocava: barreira defensiva, quem cobrava os escanteios, quem os pênaltis, quem ia cabecear, as marcações nas bolas paradas defensivas… e pronto. Agora há vídeos que mostram a posição dos jogadores nas bolas paradas, tanto na defesa quanto no ataque. Se você tira um jogador e entra outro, tem que dizer a ele: ‘Olha, você tem que ocupar esta posição’”.
O italiano falou sobre seus craques e começou abordando as polêmicas racistas com Vinicius: “Vinicius sofre muitos ataques racistas, mas não é o único. Também aconteceu com Nico Williams. É preciso dar muitos passos à frente. Que sejam bons jogadores pode ser uma desculpa para atacá-los mais, mas não deve acontecer”. Também quis falar sobre o talento de Mbappé, a grande contratação do Real Madrid nesta temporada: “Mbappé não chegou a este nível por treinar desde o primeiro dia de sua vida, mas porque a mãe natureza lhe deu um talento especial. Ele soube administrá-lo com compromisso e sacrifício. Os jovens devem usar o esporte para aprender, é uma escola de vida”. Finalmente, Ancelotti foi questionado sobre Nico Paz, jogador da base do Real Madrid que joga no Como italiano e está sendo um dos destaques da Série A: “Ele está indo bem, muito bem. Não sei se Nico Paz é desejado pela Inter, que é uma boa equipe. Vi Marcus Thuram quando ele era criança, eu treinava o pai dele no Parma. Agora ele é um armário”.
Atualmente, o italiano está no quarto ano de sua segunda passagem à frente do Real Madrid. O time madridista está vivo na Copa do Rei, na Liga dos Campeões e em segundo lugar em La Liga. Será que a equipe de Ancelotti será capaz de levantar algum dos grandes títulos?