Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, criticou novamente a Superliga. O esloveno, durante o Congresso da UEFA em Belgrado, destacou a nova Liga dos Campeões, os bons níveis de audiência e atacou, de forma (in)direta, a Superliga.
No Congresso da UEFA em Belgrado, Ceferin, na sua posição de presidente, abordou o bom momento do futebol europeu, tanto a nível de clubes como de seleções, e criticou a Superliga sem a mencionar diretamente: “Eles querem dividir e destruir, nós queremos unir e construir. Dizem que só os melhores devem jogar contra os melhores, mas vimos vencedores que provam o contrário: Atalanta e Olympiacos foram campeões, San Marino ganhou jogos, Geórgia e a minha Eslovénia venceram jogos no Campeonato da Europa…”.
O esloveno quis transmitir uma mensagem de unidade ao mundo do futebol: “É mais do que um desporto (referindo-se ao futebol). Une sonhos e devemos garantir o seu futuro. O futebol é mais do que o passado. É o futuro que construímos, como demonstrado no Eurocopa 2024. Foi um festival de unidade, com adeptos de todo o lado reunidos para competir e celebrar. A política constrói muros, mas o futebol cria pontes”. O discurso terminou com uma crítica à Superliga: “Há quem nos queira dividir, com interesses particulares. Nós queremos unir, eles não”.
Ceferin também aproveitou para elogiar a nova Liga dos Campeões, atacando novamente a Superliga: “O nosso novo formato gerou mais interesse. Alguns disseram que perderia atratividade, mas aconteceu o contrário. Não sei se alguns acreditam em ficção ou em dados, em contos de fadas, mas continuam a dizer que o futebol está em crise”. Referindo-se ao Eurocopa e à necessidade de mudança proposta pela Superliga, Ceferin afirmou claramente que não há crise no futebol europeu: “Audiências em crise? Não. Vimos audiências sem precedentes. O Eurocopa teve 5 mil milhões de espetadores. Tivemos 230 milhões de adeptos nos nossos torneios nos estádios. Como podem dizer que o futebol está doente ou em crise? São os cínicos e oportunistas que estão em crise”.
Para concluir, Ceferin agradeceu à ECA (Associação de Clubes Europeus) e ao seu presidente, Nasser Al Khelaïfi, pelo apoio à UEFA: “Obrigado pelo apoio constante. Na UEFA, não ameaçamos nem intimidamos. Não vamos ceder a ninguém. Na UEFA, os confrontos acontecem apenas em campo”.