O Chelsea tem vivido um período turbulento ultimamente, com as suas últimas atuações ficando aquém das expectativas do treinador Enzo Maresca.
As esperanças eram elevadas após a janela de transferências de verão, que viu quase £300 milhões serem investidos em novos talentos no Stamford Bridge.
No entanto, nos primeiros seis jogos, os Blues obtiveram apenas duas vitórias, sendo o seu triunfo mais recente uma vitória por 2-0 sobre o rival londrino Fulham, no final de agosto.
Maresca, sem dúvida, procurará corrigir esta fase descendente, especialmente após a sua equipa ter sofrido derrotas consecutivas na Premier League contra Manchester United e Brighton & Hove Albion.
Estes esforços foram ainda mais complicados pelo registo disciplinar deficiente da equipa, que recebeu um cartão vermelho em cada um dos seus últimos dois jogos da Premier League.
O Início Preocupante de Trevoh Chalobah na Temporada 2025/26
Após a expulsão de Robert Sanchez contra o Manchester United na semana passada, o defesa central Trevoh Chalobah tornou-se o segundo jogador do Chelsea a ser expulso em tantos jogos.
Chalobah, ao iniciar o seu oitavo jogo consecutivo na campanha de 2025/26, não conseguiu ter um bom desempenho, mesmo antes de receber um cartão vermelho direto contra a equipa de Fabian Hurzeler.
O internacional inglês foi considerado culpado de derrubar Diego Gomez enquanto o avançado seguia isolado para a baliza, o que levou à intervenção do VAR e à sua consequente expulsão.
No entanto, até sair do campo aos 53 minutos, ele teve um desempenho muito fraco, não conseguindo vencer nenhum dos duelos em que participou nem fazer uma única desarme.
A atuação do jogador de 26 anos custou, sem dúvida, três pontos à equipa em West London, evidenciando as dificuldades contínuas do Chelsea em encontrar uma parceria defensiva central fiável.
Consequentemente, o clube pode arrepender-se de ter deixado um determinado jogador sair, especialmente porque este ex-membro da primeira equipa elevou significativamente a sua carreira desde a sua partida.
A Ex-Estrela do Chelsea Que Agora Supera Chalobah
Dada a grande rotatividade de jogadores no Chelsea nos últimos anos, não é de estranhar que muitos jogadores dispensados tenham conseguido brilhar noutros clubes.
Desde a chegada de Todd Boehly em maio de 2022, o Chelsea investiu mais de £1.4 bilhão em novas contratações, com o objetivo de melhorar a sua posição na tabela da Premier League.
No entanto, na tentativa de reforçar o plantel, alguns jogadores também tiveram de sair para equilibrar as contas e diminuir o risco de sanções por violar as regras de Lucratividade e Sustentabilidade (PSR).
No verão de 2024, o novo treinador Maresca supervisionou a saída de vários jogadores, incluindo o defesa central Malang Sarr, que se transferiu para o clube francês Lens a custo zero.
Sarr chegou inicialmente ao Chelsea a custo zero vindo do Nice, no verão de 2020, gerando grande expectativa após os seus quatro anos na equipa principal da Ligue 1.
No entanto, uma combinação de lesões e falta de confiança da parte da equipa técnica levou à sua rápida queda na hierarquia do plantel, resultando em apenas 21 jogos pelos Blues.
Consequentemente, o jogador de 26 anos regressou à França, onde Sarr tem conseguido reavivar a sua outrora promissora carreira no Lens ao longo das últimas duas temporadas.
Ele participou em todos os minutos da atual campanha da liga 2025/26, superando consistentemente o atual jogador da equipa principal, Chalobah.
| Malang Sarr – estatísticas na Ligue 1 (25/26) | |
|---|---|
| Estatísticas (por 90) | Contagem |
| Jogos disputados | 5 |
| Minutos jogados | 450 |
| Precisão de passe | 88% |
| Desarmes ganhos | 1.8 |
| Duelos ganhos | 68% |
| Duelos aéreos ganhos | 65% |
| Interceções | 2.4 |
| Recuperações | 4.4 |
Dados via FotMob
Sarr, que foi descrito como “incrível” por um analista, tem mais desarmes e duelos aéreos ganhos por 90 minutos, sugerindo que poderia ter oferecido a Maresca uma opção defensiva mais dominante se o Chelsea o tivesse mantido.
Além disso, o francês tem uma taxa de conclusão de passes mais elevada, o que o torna, discutivelmente, uma opção mais completa para a construção de jogo – um atributo crucial no sistema atual do italiano.
Para coroar a sua superioridade sobre o internacional inglês, Sarr também regista mais cortes e interceções por 90 minutos, realçando ainda mais os seus incríveis talentos sem a posse de bola.
Tais números sublinham a notável progressão de Sarr ao longo dos últimos anos, com a sua mudança para o Lens a revelar-se, sem dúvida, um sucesso após a sua passagem difícil pelo Stamford Bridge.
A decisão de o deixar partir parece agora questionável, uma vez que a perda do Chelsea se tornou claramente o ganho do Lens, dada a forma excecional de Sarr nos últimos tempos.
Tiago Mendonça