Poucos conhecem o ambiente frequentemente turbulento no Olympique de Marseille tão bem quanto Jonathan Clauss (32). O lateral internacional francês deixou o clube durante o verão passado, encontrando refúgio no OGC Nice.
Na altura da sua saída, a sua relação com a direção do clube, assim como com os adeptos, tinha-se deteriorado, especialmente após o Marseille ter tentado, sem sucesso, forçar a sua partida na janela de transferências de janeiro. No seu regresso ao Vélodrome como adversário, a receção não foi cordial.
Marseille pode ser um ambiente de “ou vai ou racha”, e até o diretor desportivo do clube, Medhi Benatia, já referiu publicamente como, por vezes, os próprios elementos internos parecem contribuir para a autodestruição do clube. Para Roberto De Zerbi, a solução encontrada para o final da temporada foi simplesmente afastar a equipa da cidade de Marseille.
O plantel mudou-se para Roma para um estágio de treino que poderá prolongar-se até ao fim da época. Clauss comentou recentemente esta decisão considerada sem precedentes, afirmando que tais medidas drásticas não são necessárias no seu clube atual. “Não penso que precisamos de fazer este tipo de coisas”, disse Clauss. “O treinador (Franck Haise) sabe para onde quer ir. Penso que ele lidera o seu plantel muito bem, especialmente nos últimos tempos, quando passámos por um período difícil. Ele não apontou o dedo a ninguém. Pelo contrário, encontrou as palavras certas para remobilizar todos e levar-nos mais alto.”
Enquanto Haise tem sido publicamente crítico em relação a alguns dos seus jogadores durante uma série de cinco jogos sem vencer, que terminou no último fim de semana frente ao SCO Angers, medidas extremas como deslocalizar a equipa para longe da cidade nunca foram uma opção considerada no Nice.