Espera-se que o Milan de hoje seja muito diferente do Milan que conheceremos a partir de junho, quando a revolução idealizada pelo CEO Giorgio Furlani se concretizar. A escolha do diretor desportivo será crucial para as próximas movimentações do clube no mercado, assim como a decisão de quem se sentará no banco de treinadores na próxima temporada.
O nome mais cotado é o de Massimiliano Allegri, uma ideia que o dirigente acalenta há algum tempo e que, estando livre de contrato, poderá regressar em junho a um lugar que conhece bem e, acima de tudo, onde já venceu.
O ex-treinador da Juventus tem ideias claras e conceitos táticos bem definidos, e confidenciou a amigos e conhecidos que tem ideias sobre como esta equipa pode ser organizada em campo. É inevitável que muita coisa mude e que muito se baseie nas decisões que terão de ser tomadas sobre os jogadores que terminam contrato em junho de 2026, o que inevitavelmente condicionará o onze inicial.
A questão central é que um jogador como Rafael Leão, se estiver em forma, tem de jogar sempre. Tê-lo como adversário, mesmo que não esteja nos seus melhores dias, obriga-te a ter um plano de jogo para o conter. A novidade poderá ser a sua função, mais central e menos na faixa, onde Pulisic poderá ter liberdade para variar, sendo um curinga na linha ofensiva e um elemento mais útil na recuperação defensiva.
A verdadeira dúvida tática será para Reijnders, que se destacou como finalizador, mas que está preso num papel de puro regista. Para Allegri, ele poderia ter uma função à Rabiot, mas para isso seria necessário investir no setor, procurando pelo menos um médio defensivo extra para juntar a Fofana. É aqui que Allegri pode jogar a batalha chave do mercado.
Allegri na sua carreira muitas vezes alternou entre a defesa a 4 e a linha a 3, mas, considerando a confirmação de Walker e a contratação de um lateral esquerdo diferente de Theo Hernandez, caso o francês saia, uma linha a 4 pura e mais sólida completaria um 4-3-3 que traria o clube rossonero de volta a um projeto técnico mais próximo do scudetto de Pioli.
Qualquer que seja o desenvolvimento tático do Milan, Massimiliano Allegri é considerado o treinador mais preparado para gerir este grupo, para devolver à equipa uma organização defensiva que possa valorizar a produção ofensiva e, acima de tudo, seria um homem que o clube já conhece e que sempre assumiu a responsabilidade perante a imprensa e os adeptos. Num momento de grande incerteza, seria a certeza absoluta que faltou nesta temporada de projetos estrangeiros falhados. Será ele a escolha final?