Sex. Abr 18th, 2025

Como San Siro Será Demolido: Método, Custos e Cronograma

O projeto para a construção do novo San Siro prevê a demolição de cerca de 75-80% do estádio atual. Mas como essa demolição será realizada? Qual o custo estimado? E quanto tempo levará todo o processo? As estimativas indicam que somente a demolição do estádio poderá custar cerca de 80 milhões de euros.

Segundo Roberto Spagnolo, que coordenou o projeto de construção do novo estádio da Atalanta após a demolição parcial do antigo, “a demolição será realizada utilizando máquinas mecânicas”. Ele explica que o processo se inicia com o ‘strip out’, fase em que são removidos todos os elementos que não são de concreto, como vidros, barreiras, parapeitos e portas. A segunda fase é a demolição propriamente dita, onde a estrutura é derrubada com o uso de pinças mecânicas de grande porte. Por fim, na terceira fase, o concreto é fragmentado no local e separado do ferro de construção.

Embora em Bergamo apenas as curvas do estádio tenham sido demolidas, Spagnolo garante que o princípio a ser aplicado em San Siro será o mesmo. Uma informação importante é que não será utilizado explosivo na demolição do Meazza. O processo de demolição começará pelo teto e seguirá em direção à base, removendo o terceiro anel primeiro, seguido pelo segundo e depois o primeiro, em um grande canteiro de obras.

Spagnolo estima que a demolição de três quartos do estádio levará de dois a quatro meses. Ele ressalta que, embora a demolição em Bergamo tenha sido concluída em apenas 15 dias, não há comparação possível, pois San Siro é significativamente maior e a operação, portanto, mais complexa. Uma dificuldade adicional reside na necessidade de preservar parte da estrutura, especificamente o canto Sudeste do estádio, conforme planejado pelos clubes Milan e Inter. Essa área, incluindo parte da tribuna laranja e da Curva Sud, será mantida para eventos e integrada a uma construção moderna com lojas e museus.

Considerando que San Siro foi construído na década de 1920, análises químicas são imprescindíveis para avaliar a periculosidade de substâncias como cromo e sulfato, que eram comumente utilizadas na época. Esses materiais deverão ser separados e encaminhados para aterros sanitários especializados. Spagnolo também menciona a possível presença de amianto nas coberturas, que será removido durante a fase de ‘strip out’. O descarte de entulho representa uma parcela considerável dos custos. O concreto será amontoado, triturado por máquinas menores e transportado para aterros. Todo o material será levado para aterros, sendo que algumas substâncias exigirão descarte em locais especiais e de alto custo. “O grande desafio é encontrar aterros que aceitem o material, pois todos têm limites de capacidade a serem respeitados”, conclui Spagnolo.

By Tiago Mendonça

Tiago Mendonça vive na agitada Braga, onde mergulha diariamente no mundo do jornalismo desportivo. Com mais de 15 anos de experiência na cobertura de eventos desportivos em Portugal, desenvolveu um interesse particular pelo futebol e andebol, os dois desportos mais populares do país. Os seus artigos analíticos sobre previsões para jogos da Primeira Liga são regularmente publicados nas principais revistas desportivas. Tiago é conhecido pela sua capacidade de prever com precisão os resultados dos jogos, baseando-se numa análise detalhada de estatísticas e da forma atual das equipas. Além disso, apresenta um podcast popular sobre apostas desportivas, onde partilha informações privilegiadas e conselhos profissionais.

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