O treinador do Nápoles, Antonio Conte, falou em conferência de imprensa na véspera do jogo do campeonato contra a Fiorentina, agendado para amanhã, domingo, 9 de março, às 15h, no estádio Diego Armando Maradona.
O QUE MUDOU – “As palavras não mudam nada, é preciso fazer; nós trabalhamos com a mesma vontade de sempre e procuramos todos os dias dar o máximo. A ambição deve ser sempre fruto do trabalho, é justo tê-la: o Inter neste momento é a equipa de referência, aquela a ser batida, e a boa exibição agradou-nos. Se olharmos para o jogo de ida e volta, foram dois jogos totalmente diferentes: isso deve dar-nos força. No entanto, na semana anterior perdemos contra o Como: os troféus são ganhos por quem é regular, é preciso ter sempre um grande equilíbrio e acreditar no que se faz”.
DÚVIDA MCTOMINAY – “McTominay teve uma sobrecarga, durante alguns dias treinou menos do que os outros. Ainda temos 24 horas para decidir, vamos tentar encontrar a melhor solução juntamente com ele”.
GILMOUR – “Contra o Inter, Gilmour fez um grande jogo. Eu fui muito claro com todos: lugar cativo não existe, joga quem merece; ele jogou bem e estará contra a Fiorentina. Se for bem, jogará também no próximo jogo. Depois, quem ficar de fora tentará fazer-me mudar de ideias. Faltam 11 jogos, são 11 finais: não existem créditos”.
INTER – “O objetivo do Nápoles é entusiasmar os adeptos: mesmo que no final não tenhamos vencido, é bom fazer exibições importantes como a última contra o Inter. Para quem pensa na vitória e é um vencedor, um empate é uma meia desilusão; mesmo que tenha sido contra os nerazzurri, num jogo em que merecíamos muito mais. O empate na minha forma mentis é uma meia derrota: nós devemos obter sempre os três pontos, no último mês tivemos mais dificuldades, mas faz parte do percurso de um campeonato. Devemos ser bons a cerrar os dentes e continuar o nosso caminho. Sem ansiedades e sem problemas”.
ESTADO DE ESPÍRITO – “Eu zangado? Há certamente tensão, estamos a 24 horas do jogo. Se pensam encontrar um treinador que vem aqui e brinca, eu não sou assim. Levo comigo um estado de espírito que sempre tive, e não penso em mudar: não devem pensar que eu estou zangado, este é o meu modo de ser. Vivo o jogo 24 horas antes, tento trazer concentração também para vocês (jornalistas, ndr), mas vocês têm dificuldades”.
CRESCIMENTO – “Quando falo em construir equipas e estruturas vencedoras, dizendo que não se fazem do dia para a noite, mesmo que comigo tenha acontecido, quer dizer que é preciso dar passos. Se se diz que o Nápoles não marcou muitos golos, percorrendo o plantel não há jogadores que no passado tenham marcado tanto. Não podemos inventá-los. Podemos trabalhar para aumentar os golos, mas se um jogador marca 1/2 por ano, não pode chegar a 10. Se chegar a 4 já é um bom objetivo. O Inter marcou 19 golos de bola parada, quer dizer que têm jogadores que cabeceiam, marcam e trazem pontos. Nós, aos poucos, devemos inserir todas estas características: percebo que é um conceito complicado e que a muitos não interessa, mas o que podemos fazer nós é tentar melhorar o currículo de alguns jogadores”.