O diretor esportivo do RC Lens, Jean-Louis Leca, expressou duras críticas ao AJ Auxerre após o clube reverter um acordo para vender o jogador Lassine Sinayoko (25) ao Lens durante este verão.
Sinayoko estava, aparentemente, a caminho do Lens, com relatos indicando que um acordo de transferência de €8 milhões havia sido selado entre todas as partes. Após disputar o que se esperava ser seu último jogo pelo Auxerre contra o OGC Nice, Sinayoko deveria viajar para o Lens para realizar exames médicos.
No entanto, o internacional malinês nunca compareceu para os exames. O jornal L’Équipe informou que o Auxerre se recusou a dar-lhe permissão para viajar, resultando no colapso da transferência. O Auxerre, aparentemente arrependido de perder um jogador chave (apesar de seu contrato estar próximo do fim), desistiu do negócio.
Em entrevista ao programa de rádio Rothen s’enflamme da RMC Sport, Leca detalhou as negociações:
Fizemos as coisas corretamente. Viajamos até lá, não fizemos isso por telefone. Jantei com o diretor esportivo e o presidente do Auxerre. Tivemos uma negociação de três horas à mesa.
Leca alegou ainda que o Auxerre recorreu a táticas agressivas:
Eles ameaçaram o jogador, dizendo que se ele viajasse, haveria ações legais contra ele. O garoto queria vir, mas não sabia o que fazer. Ele foi feito refém. Quando vimos isso, eu disse ‘Pare!’
Expressando sua profunda decepção com a quebra da palavra, Leca concluiu:
Apertamos as mãos. Eu disse a eles: ‘Somos homens e espero que continuemos sendo homens.’ Apertei as mãos de pessoas que me olharam nos olhos e disseram: ‘Aqui em Auxerre, somos homens.’ Aparentemente, eles não eram homens.
Os dois clubes estão programados para se enfrentar no próximo mês, prometendo um encontro potencialmente tenso e repleto de emoções à luz desses acontecimentos.
Rui Queirós