A presença de Mbappé na final parecia garantida, mas a situação agora é uma incógnita. O que parecia certo há poucos dias transformou-se numa incerteza absoluta. Após uma evolução positiva inicial em relação ao seu tornozelo, parece que nas últimas horas a situação se inverteu, especialmente depois dos exames mais recentes realizados para tomar a decisão final.
Na última terça-feira, antes do jogo contra o Getafe, o treinador italiano do Real Madrid, Carlo Ancelotti, transmitiu uma mensagem tranquilizadora: “Não estará disponível para o Getafe, mas estará para a final.” No entanto, a menos de 12 horas do pontapé de saída, este é o grande dilema de Ancelotti: forçar a utilização do avançado francês ou alterar o esquema tático, optando por quatro médios. Neste cenário, Modric e Rodrygo seriam os mais beneficiados.
O Tornozelo de Mbappé
À medida que o dia decisivo se aproxima, as sensações têm piorado. Depois da grande evolução no início da semana, a partir de terça-feira, Mbappé já realizava grande parte do treino com o resto dos colegas, um sinal claro de que estaria pronto para sábado, ainda mais sendo uma final. Mas ontem, no meio de toda a agitação causada pela conferência de imprensa sobre a arbitragem e a resposta do clube, o Real Madrid deu a entender que o estado do tornozelo não inspira grande confiança.
Apesar disso, Kylian quer forçar a sua participação. Depois de uma temporada de altos e baixos, o avançado merengue quer redimir-se nesta final da Taça. Além disso, sendo este o único título mais ao alcance do Real Madrid, o francês ambiciona conquistar o seu terceiro troféu com a equipa madrilena. Até ao momento, o seu desempenho em finais é impecável. Nas três finais que disputou como madridista (Supertaça Europeia, Intercontinental e Supertaça de Espanha), Kylian marcou em todas. Nas duas primeiras, os seus golos foram decisivos para erguer o troféu. Já na terceira, precisamente contra o Barça, foi o único a estar à altura perante a superioridade `blaugrana` na Arábia.
As Opções de Ancelotti
Perante a possível ausência de Mbappé, o técnico italiano estuda as possíveis variantes para tentar contrariar o Barcelona, que até agora demonstrou ser muito superior nos confrontos diretos desta época. Face a essa superioridade, Ancelotti pondera duas opções que implicariam uma mudança de sistema, regressando a jogar com quatro médios.
Se Mbappé jogar, nada mudará. O Real Madrid manterá o habitual 4-3-3, apesar dos resultados inconsistentes com este esquema esta temporada. Obviamente, com Mbappé, Vinicius e Rodrygo no ataque.
Se o francês for baixa, a primeira opção seria incluir Modric, mantendo os dois brasileiros na frente para procurar mais superioridade no meio-campo. Com Modric e Ceballos no meio, Ancelotti regressaria ao 4-4-2.
E a última opção, embora menos provável, é a presença de Mbappé no onze inicial com a suplência de Rodrygo, algo que tinha sido especulado nas últimas horas, mas que tem vindo a perder força. Em qualquer caso, faltam poucas horas e a incerteza em torno de Mbappé é total.