O técnico do Lyon, Paulo Fonseca, tem sido alvo de críticas após sua reação durante a vitória do OL por 2-1 contra o Brest. O treinador português ficou furioso com uma decisão de Benoit Millot e confrontou o árbitro francês.
Fonseca enfrentará o comitê disciplinar da LFP após sua explosão contra o árbitro. Uma suspensão de 7 meses é possível. Ele se desculpou em carta e se ofereceu para serviço comunitário, mas isso pode não ser suficiente para evitar uma punição severa.
Um fator atenuante para Fonseca são os problemas pessoais que enfrenta. O técnico está lidando com o afastamento de seus sogros, que vivem na Ucrânia. Sua esposa, ucraniana, e seus filhos estão na Itália, agravando a situação. Essas dificuldades parecem ter afetado o treinador português.
Apesar disso, espera-se que suas circunstâncias não influenciem a punição. Fonseca já foi criticado por reações anteriores contra árbitros, sendo visto como confrontador e agressivo.
No entanto, ex-colaboradores discordam dessa visão. José Fonte, ex-defensor do Lille, acredita que essas reações foram atípicas para Fonseca: “Paulo sempre foi respeitoso, educado e profissional. Todos que trabalharam com ele sabem disso. Foi uma situação anormal e excepcional, e tenho certeza de que não se repetirá.”
A opinião de Fonte é compartilhada por Deco e Tiago Pinto, seu ex-diretor esportivo na Roma. Deco afirmou: “Paulo Fonseca sempre foi um profissional exemplar, dentro e fora de campo… Situações de stress acontecem no futebol, mas isso não apaga a seriedade e o compromisso de Paulo Fonseca com o esporte.”
Pinto, agora diretor esportivo do Bournemouth, disse: “O evento contra o Brest não reflete a personalidade de Paulo; é um caso isolado. Acredito que uma combinação de fatores excepcionais o levou a agir assim.”
Diz-se que Fonseca está afetado pela situação geopolítica na Ucrânia, intensificada após conversas envolvendo Donald Trump e Volodymyr Zelenskyy. Isso pode explicar a tensão que culminou no incidente com Millot.