A saída de Khvicha Kvaratskhelia em janeiro, juntamente com os esforços limitados do Napoli para reforçar a equipa, são os principais fatores que frustram o treinador Antonio Conte. Ele acredita que estas restrições podem pôr em risco a luta da sua equipa pelo Scudetto e levá-los a perder uma grande oportunidade.
O técnico italiano não escondeu a sua perplexidade com as recentes decisões do clube, afirmando numa conferência de imprensa antes do jogo de hoje da Serie A contra o Monza que ‘muitas coisas não podem ser feitas’.
Além de alimentar especulações sobre uma potencial saída no final da temporada, os comentários de Conte refletem mais uma vez um descontentamento enraizado na incapacidade do Napoli em fornecer um substituto para o craque georgiano após a sua transferência para o PSG. Esta frustração tem crescido nos últimos meses, pois a falta de soluções de ataque tem custado evidentemente pontos valiosos à equipa.
A frustração de Conte aumenta no Napoli após a saída de Kvaratskhelia e a inação nas transferências
Os Partenopei venceram apenas dois dos seus oito jogos da Serie A entre fevereiro e março, e Conte acredita que a sua potência de fogo diminuída no ataque desempenhou um papel fundamental nesta má fase, como destacou a La Gazzetta dello Sport.
Não surpreendentemente, o treinador culpa a estratégia de transferências do clube por os estar a atrasar numa acirrada disputa pelo título com o Inter – uma disputa em que o Napoli poderia ter capitalizado a forma lenta de inverno dos seus rivais se estivesse melhor equipado.
Embora o antigo técnico do Chelsea continue determinado a lutar contra os Nerazzurri até ao fim, ele veria um segundo lugar como uma oportunidade perdida, com as recentes lesões e a consequente necessidade de adaptar jogadores a funções desconhecidas a terem apenas aumentado a sua frustração.
Independentemente de como a temporada termina, a desilusão de Conte com a estratégia do clube pode aumentar a sua vontade de considerar ofertas de outros clubes, com a Juventus e o Milan alegadamente a monitorizarem de perto a sua situação.
Rui Queirós