Sáb. Abr 19th, 2025

Gullit: “Para o Milan, ficar fora da Champions League seria um desastre”

“Não ir para a Champions? Seria um desastre. O Milan está atrás e a recuperação será difícil, mas ainda pode conseguir”. Ruud Gullit não poupou palavras em entrevista à Gazzetta dello Sport. O ex-jogador do Milan, na véspera de Napoli-Milan, um jogo que evoca a partida do scudetto de 1988, analisou as dificuldades da temporada do Milan.

DESAPONTAMENTO – “Esta temporada me lembra a do Chelsea, outra equipe que neste momento é um enigma. Não entendi que futebol eles querem jogar. Não encontraram a direção certa: o elenco é forte, principalmente após o mercado de janeiro. A Supercopa parecia ter resolvido os problemas, mas não transmitiu uma segurança real ao grupo”.

COMO O PSG – A receita para sair desta situação, para Gullit, deve ser tirada do PSG: “Parou de comprar estrelas e contratou Luis Enrique, que tem uma filosofia de jogo brilhante, valorizando as categorias de base. O Liverpool também substituiu Klopp por Slot, que tem a mesma filosofia. O Milan precisa reencontrar seu DNA. O sucesso não pode ser comprado, mas deve ser buscado com trabalho e as escolhas certas”.

CONTE OU ALLEGRI? – “Não sei qual é a escolha certa. É importante contratar um treinador que se adapte à identidade, como a Inter que tem Inzaghi, que tem um sistema claro. O Milan precisa redescobrir o DNA e encontrar uma direção na gestão antes mesmo de pensar no treinador”.

REIJNDERS – “As últimas temporadas têm sido incríveis, ele está nos encantando. Eu o conheço desde os tempos das categorias de base do AZ Alkmaar. Estou muito orgulhoso do progresso que ele fez. Ele se tornou um craque mundial, marcando muitos gols e jogando muito bem com regularidade”.

NAPOLI-MILAN – “Eu nunca tinha ido a Nápoles. No sábado, antes da partida, eu estava perplexo porque nós jogadores e a comissão técnica estávamos em um avião, enquanto em outro menor havia vários seguranças e… a comida. Ocupamos todo o último andar, blindado por nossos guarda-costas e só eles podiam se aproximar da comida que era preparada pelos cozinheiros que tinham vindo conosco. Havia o medo de que alguém pudesse comer algo ruim e depois não pudesse jogar. No estádio, jogaram de tudo em nós. Maradona? Era um craque incrível. A torcida também foi excepcional, que após aquela vitória nos aplaudiu. Inesquecível. Outra façanha no domingo? Espero que termine da mesma forma, mas não será fácil”.

BOLA DE OURO – “Por anos, eu apoiei silenciosamente o partido sul-africano que lutava contra o apartheid. Quando ganhei, dediquei a Mandela, que estava na prisão. Na Itália, sua história não era conhecida e muitos não sabiam quem ele era. Quando o encontrei na África do Sul, ele me disse que temia que eu fosse punido. Suas palavras foram emocionantes”.

By Tiago Mendonça

Tiago Mendonça vive na agitada Braga, onde mergulha diariamente no mundo do jornalismo desportivo. Com mais de 15 anos de experiência na cobertura de eventos desportivos em Portugal, desenvolveu um interesse particular pelo futebol e andebol, os dois desportos mais populares do país. Os seus artigos analíticos sobre previsões para jogos da Primeira Liga são regularmente publicados nas principais revistas desportivas. Tiago é conhecido pela sua capacidade de prever com precisão os resultados dos jogos, baseando-se numa análise detalhada de estatísticas e da forma atual das equipas. Além disso, apresenta um podcast popular sobre apostas desportivas, onde partilha informações privilegiadas e conselhos profissionais.

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