Qua. Mai 7th, 2025

Inter e Milan, a saga San Siro não tem fim: Representação ao TAR. “Estádio inalienável e já sob vinculo”

Uma questão que parece não ter fim. A saga do estádio San Siro, envolvendo Inter e Milan, continua a apresentar reviravoltas, com novos recursos sendo anunciados e submetidos às autoridades competentes.

Recentemente, o presidente do Comitê ‘Sì Meazza’, Luigi Corbani, apresentou uma representação formal ao Tribunal de Contas sobre a possível venda da instalação de San Siro pelo Município de Milão aos dois clubes, Inter e Milan.

ESTÁDIO INALIENÁVEL

Segundo o relatório da associação, detalhado na representação, o estádio é definido como “inalienável”. O argumento é que se trata de uma obra de propriedade pública, de um autor já falecido, e que completou setenta anos desde sua execução. Além disso, a partir de janeiro de 2025, o estádio Meazza estará sob proteção especial e vinculado, o que impedirá sua demolição.

O comitê também afirma não ter conhecimento de qualquer deliberação do Conselho Municipal que tenha formalmente aprovado: a venda do estádio e da área, a demolição do Estádio Meazza, a construção de um novo estádio na área do Parco dei Capitani, ou a aceitação da proposta das duas sociedades anônimas (os clubes).

RECURSO AO TAR

Mas a questão não para por aí: após a representação ao Tribunal de Contas, o processo continuou com a apresentação de um recurso ao TAR (Tribunal Administrativo Regional). Carlo Trotta, um dos fundadores do Comitê ‘Sì Meazza’, explicou este desenvolvimento em uma entrevista:

“A proposta de Milan e Inter de demolir San Siro para construir um novo estádio, a ser financiado pela intensa construção nas áreas verdes ao redor, é uma grande operação imobiliária cujo único objetivo é equilibrar as finanças dos dois clubes, sem qualquer benefício ambiental, econômico ou urbanístico para a cidade e para o mundo do futebol.”

“Na verdade, não há nenhuma razão para demolir o estádio Meazza, a não ser a intenção de fazer negócios com a especulação imobiliária nas áreas circundantes. Por isso, Luigi Corbani, presidente do Comitê SìMeazza, apresentou a representação ao Tribunal de Contas. Em 6 de maio, o comitê também apresentou um novo recurso ao TAR.”

Qual a solução proposta? “É necessário lançar uma licitação internacional para a reforma e a futura gestão do estádio. O estádio Meazza pode ser economicamente sustentável, com ou sem uma ou ambas as equipes, desde que seja modernizado e melhorado, tanto do ponto de vista de seu uso polivalente ao longo do ano para esportes e shows ao vivo, quanto em relação aos serviços e ao conforto para o público.”

“É realmente preciso questionar onde reside o interesse público em querer demolir o Estádio Meazza para construir um novo estádio, edificando na mesma área outros prédios, com mais consumo de solo e perda real de área verde.”

By Tiago Mendonça

Tiago Mendonça vive na agitada Braga, onde mergulha diariamente no mundo do jornalismo desportivo. Com mais de 15 anos de experiência na cobertura de eventos desportivos em Portugal, desenvolveu um interesse particular pelo futebol e andebol, os dois desportos mais populares do país. Os seus artigos analíticos sobre previsões para jogos da Primeira Liga são regularmente publicados nas principais revistas desportivas. Tiago é conhecido pela sua capacidade de prever com precisão os resultados dos jogos, baseando-se numa análise detalhada de estatísticas e da forma atual das equipas. Além disso, apresenta um podcast popular sobre apostas desportivas, onde partilha informações privilegiadas e conselhos profissionais.

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