Fiorentina-Juventus é o jogo do ano para a Juventus, sem dúvidas. Eliminada da Liga dos Campeões e da Copa da Itália, a equipe de Thiago Motta, após a dura derrota para a Atalanta, também se despediu dos sonhos (marginais e talvez utópicos) de Scudetto. Um resultado que, imediatamente após o 0-4 contra a Atalanta, Motta minimizou, diferentemente do que fez após a “vergonha” da eliminação contra o Empoli, jogando a responsabilidade para outro lado: “Não se falará mais sobre essa história de Scudetto que a imprensa nos atribuiu“. É verdade que a Juventus está em um ‘ano zero’ e tem como objetivo para esta temporada a classificação para a Liga dos Campeões, mas pensar que o técnico da Velha Senhora se distancia tanto da palavra ‘Scudetto’ é algo que faz refletir. Um sinal dos tempos, na sociedade cujo nome frequentemente rima com o Tricolor.
QUARTO LUGAR COMO ÚLTIMA META – Quarto lugar, portanto: esta é a última e única meta restante para a Juventus de Thiago Motta na temporada 2024-25, com o jogo em Florença para não falhar, a todo custo, contra um rival direto, em uma rodada que também tem Bologna-Lazio e com Roma e Milan não muito distantes. No dia seguinte à dramática noite no Allianz Stadium, com os torcedores da Juventus abandonando o estádio enquanto a Atalanta de Gian Piero Gasperini triunfava, a Juventus permaneceu em repouso e a diretoria refletiu. Cristiano Giuntoli não se pronuncia, a posição do clube permanece a de confiança manifestada após o jogo com o Empoli, enquanto crescem os rumores sobre os possíveis substitutos de Motta, para esta temporada e para a próxima. A equipe voltou a treinar na terça-feira, com Motta reunindo o grupo e, segundo informações da La Stampa, assumindo parte da responsabilidade pela derrota para a Atalanta: “A culpa é minha“.
A EQUIPE ESTÁ COM MOTTA? – Para a partida no Franchi, Motta pretende confiar em seus jogadores de confiança, um núcleo duro de jogadores que acreditam (ainda) cegamente em suas instruções e em seu estilo de jogo. E talvez seja a isso que o técnico ítalo-brasileiro se referia no domingo à noite, quando falava da necessidade de “unir mais” o vestiário. Começar pelos mais confiáveis e esperar que os outros sigam. Sim, mas o ponto delicado, e arriscado, é justamente este: quem são e quantos são os jogadores de confiança? E, principalmente, a equipe está do lado de Motta? Está pronta para ‘morrer’ em campo por ele? Após Fiorentina-Juventus, haverá a pausa para as seleções nacionais e, em caso de derrota pesada na Toscana, para a diretoria seria talvez a última oportunidade de mudar o comando técnico nesta temporada, nomeando um treinador interino. De dentro do clube não chegam sinais de um vestiário que seja contra o treinador: Fiorentina-Juventus é uma oportunidade para demonstrar o contrário.