Parece uma eternidade desde aquele 7 de fevereiro de 2025. Naquela sexta-feira à noite, fora de casa contra o Como, Randal Kolo Muani marcou seus últimos gols (na verdade, os dois últimos). O atacante francês, que chegou à Juventus no mercado de janeiro, começou de forma explosiva, com 5 gols em 3 jogos, mas desde então parou oficialmente de marcar. Era impensável que o ex-PSG mantivesse o ritmo das primeiras partidas da temporada, mas, apesar da queda, sua titularidade, em detrimento de Dusan Vlahovic, permanece indiscutível para Thiago Motta por duas razões.
FINALIZAÇÃO – Kolo Muani, em comparação com Dusan Vlahovic, é primeiramente um finalizador mais preciso sob a baliza. O francês tem uma porcentagem de chutes a gol de 67%, com uma conversão de chutes em gols de 41,67%. O sérvio, por outro lado (e considerando obviamente mais jogos disputados), tem uma porcentagem de chutes a gol de 37% e uma conversão de chutes em gols que para em 14,75%. Além disso, apesar da enorme diferença no número de partidas jogadas entre os dois, Kolo Muani já ultrapassou Vlahovic em número de dribles bem-sucedidos.
TRABALHO PARA A EQUIPE – O que Thiago Motta considera mais importante não é a contribuição na área de gols, mas sim o trabalho que os dois atacantes fazem com e para a equipe. Basta comparar duas das últimas partidas vencidas pela Juventus e em que Kolo Muani e Vlahovic foram protagonistas na área de gols, respectivamente contra Como e Cagliari. Apenas comparando os dois mapas de calor, de fato, fica claro como o francês é literalmente um “homem em todo lugar” do meio-campo para cima, enquanto o sérvio escolhe principalmente o terço ofensivo deslocado para a direita para então alargar o jogo de pé esquerdo para a esquerda.
ATACANTES DIFERENTES – Indo mais em detalhes e alargando a comparação estatística para os jogos disputados até agora – que são 6 contra 21, Kolo Muani em comparação com Vlahovic já criou praticamente o mesmo número de ocasiões chave para os companheiros (9 a 11), já conquistou metade das faltas sofridas, recuperou o mesmo número de bolas e já dobrou os desarmes ganhos.
A ESCOLHA DE MOTTA – Em suma, o primeiro contribui muito mais para o desenvolvimento ofensivo da manobra em comparação com o segundo, trabalha mais na fase defensiva e permite que os companheiros, principalmente os meio-campistas, dialoguem e entrem com mais perigo na área de pênalti. E se a isso acrescentarmos que a situação contratual de Vlahovic o levará no verão cada vez mais para longe da Juventus, que em vez disso gostaria de investir em Kolo Muani também para o futuro, a escolha hoje técnica pode se transformar também em definitiva.