Como parte de um projeto de lei mais amplo, proposto e aprovado pelo Senado na última terça-feira, que busca reformar o futebol francês, o Senado também manifestou o desejo de diminuir a disparidade financeira na distribuição das receitas dos direitos de televisão. Esta faceta do projeto de lei é a fonte de tensão entre os clubes mais ricos e os menos favorecidos no futebol francês.
Caso o projeto de lei seja votado e aprovado pela Assembleia Nacional, da mesma forma que foi pelo Senado, as receitas obtidas com os direitos de TV seriam divididas de forma mais equitativa do que atualmente. O Paris Saint-Germain atualmente é quem mais ganha com os direitos de TV, e embora isso continue a ser o caso, o projeto de lei propõe que a divisão financeira seja significativamente reduzida, destinando mais recursos para clubes `menores` na Ligue 1, bem como na Ligue 2.
Alguns dos clubes maiores estão insatisfeitos com este projeto de lei proposto e tentaram fazer lobby, através de `amigos` senadores, para contrariar esta nova medida. Foram propostas três emendas ao projeto de lei original, todas as quais foram rejeitadas.
Esta mudança na distribuição da receita dos direitos de TV é agora a fonte de tensão entre os grandes clubes e os clubes menores na Ligue 1 e Ligue 2, enquanto o presidente da FFF (Federação Francesa de Futebol), Philippe Diallo, também não está isento de críticas por parte dos clubes. Alguns presidentes de clubes acreditam que é Diallo, através da sua suposta proximidade com alguns senadores, quem está por trás da ideia de partilhar as receitas dos direitos de TV de forma mais igualitária.