Qua. Set 3rd, 2025

Mancini: Jogadores da Itália não decidem sobre boicote ao jogo contra Israel

O defensor da seleção italiana, Gianluca Mancini, admitiu sentir-se profundamente afetado pelas “imagens chocantes” provenientes de Gaza. Contudo, ele enfatizou que os jogadores da equipe nacional não estão em posição de boicotar a partida de qualificação para a Copa do Mundo de 2026 contra Israel. “Fazemos o que nos é mandado“, declarou Mancini.

A seleção italiana, conhecida como “Azzurri”, encontra-se atualmente em seu campo de treinamento em Coverciano, nos arredores de Florença, preparando-se para os dois primeiros jogos sob o comando do novo técnico Gennaro Gattuso. As partidas serão contra a Estônia, em 5 de setembro, e contra Israel, em 8 de setembro, esta última a ser disputada em campo neutro em Debrecen.

Após a declaração da Associação de Treinadores Italianos, que pediu a suspensão temporária de Israel das competições da UEFA e da FIFA devido à situação na Palestina, os jogadores foram inevitavelmente questionados sobre a realização da partida.

Em entrevista coletiva, Mancini expressou sua profunda tristeza: “Tenho principalmente um sentimento de grande tristeza, coloco-me no lugar daqueles pais que seguram seus filhos nos braços, são imagens chocantes”. Ele acrescentou: “No entanto, como disse o treinador, fazemos o que nos é mandado. Se nos dizem para jogar, então jogaremos, não somos nós os encarregados dessas decisões. Como pai e como homem, tudo o que está acontecendo é trágico”.

Uma preocupação adicional é o jogo de volta, quando a Itália receberá Israel no Stadio Friuli, em Udine, em 14 de outubro.

O Presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, também foi questionado em uma entrevista ao Politico sobre por que Israel continuava a ser incluído nos torneios da organização. “O que está acontecendo com os civis em Gaza me machuca pessoalmente. É impossível ver essas coisas”, disse Ceferin, mas ressalvou: “Por outro lado, não sou a favor da desqualificação de atletas. O que um atleta pode fazer para pressionar seu governo a parar a guerra? É muito, muito difícil. As equipes russas foram desqualificadas por três anos e meio. A guerra acabou? Não acabou”.

Ele também destacou a diferença na pressão: “Devo dizer que, na situação da Rússia e da Ucrânia, houve uma pressão política muito forte. Agora, a pressão vem mais da sociedade civil do que dos políticos, porque os políticos são obviamente muito pragmáticos quando se trata de guerras e vítimas”. Concluindo, Ceferin afirmou: “Não posso dizer o que vai acontecer. Tudo está sendo discutido, mas pessoalmente sou contra a desqualificação de atletas“.

By Tiago Mendonça

Tiago Mendonça vive na agitada Braga, onde mergulha diariamente no mundo do jornalismo desportivo. Com mais de 15 anos de experiência na cobertura de eventos desportivos em Portugal, desenvolveu um interesse particular pelo futebol e andebol, os dois desportos mais populares do país. Os seus artigos analíticos sobre previsões para jogos da Primeira Liga são regularmente publicados nas principais revistas desportivas. Tiago é conhecido pela sua capacidade de prever com precisão os resultados dos jogos, baseando-se numa análise detalhada de estatísticas e da forma atual das equipas. Além disso, apresenta um podcast popular sobre apostas desportivas, onde partilha informações privilegiadas e conselhos profissionais.

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