O presidente do Racing Club de Strasbourg, Marc Keller, criticou veementemente os recentes protestos de torcedores e anunciou futuras sanções contra certos grupos de fãs localizados na Tribuna Oeste do estádio.
Durante a vitória do Strasbourg por 1 a 0 sobre o Le Havre, uma faixa pedindo a saída de Keller foi exibida, declarando: “Marc Keller, obrigado por esta década de ouro. É hora de partir.” Os grupos de torcedores protestantes também divulgaram um comunicado acusando o presidente de longa data de ter vendido o clube à BlueCo (proprietária do Chelsea) e de não possuir mais poder real de decisão dentro da instituição.
Keller, que lidera o Racing Club de Strasbourg Alsace (RCSA) desde 2012, abordou a delicada situação em uma coletiva de imprensa na quinta-feira. Ele expressou seu profundo desânimo com o ocorrido, afirmando:
“Vi 23.000 pessoas saírem do estádio tristes, desapontadas e até mesmo enojadas, apesar da vitória. Recebi mais mensagens de apoio em dois dias do que quando subimos para a Ligue 1 ou ganhamos a Coupe de la Ligue. O que aconteceu domingo é algo que eu jamais poderia ter imaginado. Uma minoria na Tribuna Oeste atacou a instituição, o projeto e nosso capitão. Isso é inaceitável.”
O presidente do Strasbourg ficou particularmente angustiado com as críticas dirigidas ao atacante e capitão do clube, Emmanuel Emegha. Ele enfatizou a importância dos valores do clube e a relação com os torcedores:
“Esses ataques me doeram mais. Não são os nossos valores. Este clube é como uma família. Desde 2012, tínhamos uma relação especial com a Tribuna Oeste, mesmo na National. Mas isso mudou nos últimos dois anos. Domingo ultrapassou um limite.”
Keller confirmou que medidas disciplinares imediatas seriam tomadas contra os ultras envolvidos, declarando: “Lançaremos uma série de medidas contra os grupos de torcedores da Tribuna Oeste a partir desta tarde.”
O diretor-geral adjunto Alain Plet forneceu mais detalhes sobre as próximas sanções, explicando que o clube pretende redefinir sua relação com os ultras após mais de uma década de confiança mútua. “Algumas pessoas ultrapassaram a linha vermelha. Agiremos com discernimento. Um novo quadro será imposto, com medidas evolutivas em vigor a partir de sexta-feira,” acrescentou Plet.
Rui Queirós