O presidente da Inter, Beppe Marotta, participou da apresentação do livro “A Alma Social e Industrial do Esporte”, de Vito Cozzoli. No evento, ele abordou diversos temas relevantes para o cenário atual do futebol italiano. Uma das reflexões centrais de sua fala foi sobre o momento crítico da Seleção Italiana, que viu seu caminho para a classificação para a Copa do Mundo de 2026 se complicar logo no início, após a dura derrota da última sexta-feira para a Noruega.
“A involução de hoje está ligada a muitos fatores: provavelmente, as bases de recrutamento diminuíram, os formadores mudaram. Hoje, os técnicos das categorias de base são mais impulsionados pela busca por resultados do que pelo desenvolvimento dos garotos. Depois, há a falta de estruturas, mesmo nos oratórios hoje se pagam taxas. Sofremos com a falta de centros federais, entendidos como pontos de referência onde os melhores talentos de Inter, Milan, Juventus e Atalanta possam se reunir como acontece no tênis. Temos os melhores jogadores e técnicos, mas provavelmente há mais uma carência motivacional do que de qualidade técnica. Por que a Itália fez essa péssima apresentação? Eu estava me perguntando,
Estas são palavras fortes e que certamente gerarão debate. As declarações do influente dirigente da Inter surgem no momento em que Luciano Spalletti se prepara para sua despedida da Seleção Italiana e a Federação, sob a liderança de Gabriele Gravina, busca seu sucessor. As críticas de Marotta ganham ainda mais peso considerando que vêm poucas horas após novos ataques direcionados a Gravina pelo presidente da Lazio, Claudio Lotito.