O Liverpool recebeu novamente a guarda de honra ao enfrentar o Arsenal, seus mais próximos rivais na disputa pelo título, em Anfield, no domingo pela Premier League.
Os Reds rapidamente abriram uma impressionante vantagem de 2 a 0 no primeiro tempo, com gols de Luis Diaz e Cody Gakpo, mas cabeçadas no segundo tempo de Gabriel Martinelli e Mikel Merino significaram que a partida terminou empatada.
Arne Slot optou por iniciar com Conor Bradley em vez do provável a ser negociado Trent Alexander-Arnold, o que ele confirmou antes do fim de semana, e foi uma partida de sucesso misto para o jovem defensor.
O principal ponto de discussão de Liverpool x Arsenal
Foi uma grande chance para o internacional da Irlanda do Norte mostrar aos torcedores de Anfield como será o futuro sem Trent pelo lado direito em Merseyside.
Houve bons e maus momentos para o jogador formado na base, que venceu quatro de suas cinco disputas aéreas. O ponto alto de sua atuação foi um desarme sensacional de última hora em Martinelli, quando o internacional brasileiro parecia certo de ir para o gol, cobrindo atrás de Virgil van Dijk e Ibrahima Konate.
No entanto, Bradley também perdeu cinco de seus nove duelos no chão e não fez o suficiente para pressionar Leandro Trossard, cujo cruzamento preparou o primeiro gol do Arsenal para Martinelli.
Apesar desse momento, foi um jogo em que o lateral certamente recebeu elogios, especialmente considerando a decisão de Alexander-Arnold de se mudar para Madrid.
Enquanto o nome de Bradley era cantado em Merseyside, Trent recebeu um coro de vaias dos torcedores que certamente não estão ansiosos para vê-lo na escalação na próxima vez.
Por falar em quem talvez não mereça uma vaga no time na próxima vez? Bem, pode ter sido Curtis Jones, que provou talvez ainda não estar pronto para ser um titular regular.
Por que o Liverpool deveria deixar Curtis Jones no banco
Slot decidiu dar um descanso a Alexis Mac Allister do início contra os Gunners, o que abriu a porta para o internacional inglês jogar no meio-campo com Dominic Szoboszlai e Ryan Gravenberch.
Jones, formado na base, foi ainda pior que Bradley, no entanto, pois teve uma atuação nitidamente mediana. O meio-campista teve quatro toques a menos (41) que o goleiro Alisson, criou uma chance, ganhou apenas dois duelos e foi driblado uma vez, o que lhe rendeu uma nota de 5/10 pelo GOAL – menor que a nota do lateral-direito de 6/10.
Slot deve, portanto, tirá-lo do time titular na próxima partida para trazer seu maestro argentino de volta ao time contra seu antigo clube, o Brighton.
Com Gravenberch como o número seis, Jones tem que competir com Mac Allister e Szoboszlai por uma vaga no meio-campo e não oferece qualidade defensiva ou ofensiva suficiente para ser um titular regular para os Reds.
| Premier League 24/25 | Jones | Mac Allister | Szoboszlai |
|---|---|---|---|
| Partidas | 31 | 35 | 34 |
| Gols | 3 | 5 | 5 |
| Grandes chances criadas | 2 | 6 | 12 |
| Assistências | 3 | 5 | 6 |
| Desarmes + interceptações por jogo | 1.4 | 3.3 | 1.3 |
| Duelos ganhos por jogo | 2.8 | 4.9 | 2.8 |
Como você pode ver na tabela acima, Jones não oferece a qualidade de gols ou criatividade que o craque húngaro, que deu uma brilhante assistência para o gol de Diaz contra o Arsenal, oferece no meio-campo.
Ele também não oferece o mesmo nível de qualidade defensiva ou combatividade que Mac Allister, que ganha muito mais duelos, desarmes e interceptações por jogo na Premier League.
É por isso que Jones não deveria ser titular daqui para frente, a menos que ele melhore para se tornar um jogador consistente em uma ou outra ponta do campo, porque os outros meio-campistas do Liverpool, simplesmente, oferecem mais ao time neste momento.
Tiago Mendonça