O especialista em arbitragem Luca Marelli criticou veementemente o papel do VAR na decisão controversa durante a partida entre Milan e Bologna, afirmando que o “erro grave foi cometido pelo VAR”, ainda mais do que pelo árbitro de campo, Matteo Marcenaro.
O incidente ocorreu quando o Milan vencia por 1 a 0. Christopher Nkunku sofreu uma primeira falta de Jhon Lucumi, um empurrão claro por trás. Embora o árbitro inicialmente tenha mandado o jogo seguir, Nkunku correu atrás da bola e caiu novamente após uma disputa com Remo Freuler. Marcenaro, de início, marcou pênalti pelo segundo contato.
No entanto, o VAR, Michael Fabbri, interveio e chamou Marcenaro ao monitor. Crucialmente, o VAR apenas mostrou replays da segunda disputa envolvendo Freuler, que de fato não mostrava contato com o tornozelo de Nkunku. Com base nessas imagens limitadas, Marcenaro revogou o pênalti, anunciando que Freuler não havia cometido nenhuma falta. Essa decisão provocou uma reação acalorada do técnico do Milan, Max Allegri, que foi posteriormente expulso por reclamação.
Marelli Detalha Por Que o VAR é Culpado Pelo Caos do Pênalti do Milan

“É verdade que Marcenaro cometeu um erro ao não assinalar o pênalti quando viu pela primeira vez o empurrão de Lucumi em Nkunku, que foi bastante claro. No entanto, o grande erro foi que o VAR mostrou a ele apenas a filmagem do segundo lance de Freuler, de modo que o árbitro teve apenas a opção de ver a segunda parte do incidente, não a primeira que ele evidentemente perdeu,” explicou Marelli.
Ele enfatizou ainda que a falta inicial de Lucumi em Nkunku deveria ter resultado em pênalti e até mesmo em um cartão vermelho por “Negar uma Oportunidade Clara de Gol” (DOGSO). Nkunku estava em uma posição clara de gol na frente do goleiro, e Lucumi o empurrou por trás sem qualquer chance de tocar na bola.
Marelli concluiu: “Em vez de mostrar ambos os incidentes ao árbitro, que poderia ter sido chamado ao monitor para um possível cartão vermelho no primeiro lance, ele foi mostrado apenas o vídeo do segundo, onde todos podemos concordar que não foi falta.”