Uma situação irreal que se mistura com a desilusão geral. A Juventus, que podia ter somado 6 pontos e estar perto de manter vivo o sonho do scudetto, encontra-se (novamente) no meio da contestação. Quando ainda faltava um quarto de hora para o final da partida, metade da curva sul já tinha ido embora em protesto. Quase no apito final, os jogadores estavam de mãos nos joelhos, simplesmente destruídos pelo que tinham vivido e produzido. Uma parte da Juventus acabou no exato momento em que o árbitro mandou as equipes para os vestiários.
O FUTURO DE MOTTA – O primeiro olhar após a derrota inevitavelmente se volta para Thiago Motta: ele ficou de joelhos o tempo todo, percebendo o que o espera daqui para frente. Ou seja: uma derrota interna e externa, mídia e torcedores prontos para viver em pé de guerra. O que será da ideia e do idealista? Motta corre o risco de ser engolido mais do que todos em uma guerra que não é mais de ideologias, justamente. Mas sim de sobrevivência. As reflexões sobre o seu futuro já estavam abertas, e esta é uma peça que inevitavelmente se encaixa nas discussões, até porque esta é a pior derrota de sempre dos bianconeri no Estádio.
ACABA JÁ? – Para quem se pergunta, a resposta é não: a história entre a Juventus e Motta não vai acabar já. Certamente é um passo que vai na direção oposta à da permanência, com Thiago agora tendo que demonstrar não só que tem o time firmemente nas mãos, mas também que deve evitar os altos e baixos – muitos baixos – mostrados em um final de temporada em que nem mesmo os álibis o salvam. A sensação, que ainda não é notícia, é que a diretoria pode agora se deparar com um ultimato: dentro ou fora antes da pausa. A Fiorentina, portanto, é decisiva.
QUEM NO LUGAR DELE? – Tempo de lista de nomes, então. Parece quase uma consequência direta. O único disponível, que poderia aceitar e encarnar o espírito procurado por Giuntoli agora, é o de Igor Tudor. O croata poderia ser a solução mais imediata, mas apenas se tudo realmente desmoronasse. Apenas se Thiago demonstrasse que realmente não está no comando da Juventus. Pode acontecer, claro. Mas, no momento, nos pensamentos da diretoria, ainda é uma ideia bastante remota. Apesar da derrota total na partida contra a Atalanta.