Janeiro já ficou para trás, e o calor do verão se aproxima, mas para Davide Frattesi, o inverno pessoal persiste. Durante a janela de transferências de janeiro, Frattesi considerou deixar o Inter em busca de mais tempo de jogo, algo que Simone Inzaghi não lhe proporcionou até agora. A mudança não aconteceu, e a insatisfação do jogador permanece.
Nas últimas dez partidas do campeonato, Frattesi teve poucas oportunidades, sendo utilizado principalmente em situações de emergência. Ele foi reserva em 4 jogos, entrou em campo por curtos períodos em outros 4, e começou jogando apenas duas vezes, totalizando 210 minutos. Comparativamente, Zielinski, outro meio-campista reserva, jogou quase o dobro de minutos no mesmo período, somando 398. Esses números sugerem uma falta de confiança em Frattesi, que o tempo e o trabalho em Appiano Gentile não parecem resolver.
No entanto, uma mudança pode estar no horizonte: Zielinski lesionou-se, e as primeiras indicações apontam para um longo período de afastamento. Esta situação pode abrir mais espaço para Frattesi no meio-campo do Inter, que agora conta com menos um jogador. Na partida contra o Monza, após a lesão de Zielinski, Correa foi a opção escolhida, mas as circunstâncias eram específicas, com o Inter buscando o gol da vitória. Em condições normais, Inzaghi poderia ter feito outras escolhas.
A decisão de Inzaghi de deixar Frattesi no banco contra o Monza já havia causado surpresa, especialmente com Barella e Mkhitaryan em risco de suspensão para o próximo jogo. A ausência de Frattesi em campo levantou a questão: “Se não agora, quando?”. Os próximos dois meses serão cruciais para Frattesi mostrar o seu valor e construir um futuro mais promissor no Inter.
Rui Queirós