PERFIL | Vanderson – O Brasileiro do Monaco Quebrando Paradigmas
Vanderson, lateral-direito do Monaco, não se encaixa no estereótipo tradicional dos laterais brasileiros. Diferente de ícones como Cafu e Roberto Carlos, ele não é particularmente ofensivo. Vanderson é um jogador equilibrado, competente tanto na defesa quanto no ataque, sem ser espetacular em nenhum dos dois aspectos. Talvez por isso suas atuações consistentes e sem grandes altos e baixos tenham passado despercebidas este ano.
Graças à sua regularidade, Vanderson reconquistou seu lugar na seleção brasileira. Na temporada passada, mesmo com a chegada de Wilfried Singo, o brasileiro manteve seu espaço. Com Singo atuando mais como zagueiro, Vanderson consolidou sua posição como titular na lateral direita, especialmente considerando o início difícil de Jordan Teze no Monaco.
A chegada de Teze parecia prematura, com o Tottenham demonstrando interesse no final da janela de transferências. Vanderson permaneceu e continuou sua trajetória ascendente. Ele chegou em janeiro de 2022 como uma aposta para o futuro, mas rapidamente se tornou peça-chave, possivelmente o melhor jogador do Monaco na segunda metade da temporada 2021/22.
Evolução no Ataque: O Próximo Passo de Vanderson
Seu progresso, parcialmente interrompido por lesões, desacelerou, mas não parou. Houve melhorias notáveis nas fases ofensivas. Defensor competente, com bom posicionamento, marcação intensa e tackles fortes, seu ataque frequentemente deixava a desejar. Sua velocidade o leva bem à linha de fundo, mas o cruzamento final muitas vezes falha. No entanto, ele agora está mais hábil em cortar para dentro e fazer passes progressivos em áreas centrais, um aspecto do seu jogo que mostra clara evolução.
Com três assistências e dois gols em 19 aparições pelo Monaco nesta temporada, Vanderson vive o que ele descreve como um “momento muito especial”. Se conseguir transformar este “momento” de eficiência ofensiva em uma tendência de longo prazo, voltará aos radares de todos. Ele pode nunca ser tão ofensivo quanto Cafu ou Roberto Carlos, mas isso não significa que não possa dar o próximo passo em sua carreira, seja como lateral-direito ou até mesmo seguindo o caminho de outro ex-Monaco, Fabinho, e se reconvertendo em meio-campista.