Conforme reportado por Calcio e Finanza, o prefeito de Turim, Stefano Lo Russo, voltou a falar sobre a remoção das hipotecas e a venda do Estádio Olímpico Grande Torino, em vez de continuar a alugá-lo, como planejado pela administração municipal. As declarações foram feitas durante uma entrevista à ToRadio.
O processo envolve um pedido formal à Agência Tributária para extinguir as hipotecas de 38 milhões pendentes desde 2005 sobre a instalação, com vencimento no final de junho, e a resolução do conselho municipal aprovada em 18 de fevereiro para promover a venda do estádio (cessão do direito de superfície por 99 anos) ou a aceitação de uma proposta de parceria público-privada nos termos do código de contratação pública. A edição de hoje do Tuttosport relembra.
Nas últimas semanas, o proprietário do Torino, Urbano Cairo, comentou: «O futuro do estádio? Veremos. Nós não somos os protagonistas desta história. Agora temos uma extensão de 18 meses, depois veremos. A compra da instalação? Estamos a falar de coisas que podem ser feitas. Hoje não é possível». Até agora, Cairo sempre evitou considerar a possibilidade de comprar o estádio.
Em contraste com o prefeito, que com as suas palavras abriu as portas a potenciais compradores alternativos. Ou seja, entidades privadas que não sejam proprietárias do clube grená ou (solução prioritária objetivamente mais lógica, prática, eficaz e desejada pelos adeptos) candidatos compradores tanto do estádio como do Torino.
«Estamos à espera de uma resposta da Agência Tributária, espero que não renovem as hipotecas. Entretanto, previmos a prorrogação da concessão nas condições atuais (contrato de arrendamento com o Torino com vencimento a 30 de junho; nota do editor) por um máximo de mais 18 meses». Tratar-se-ia de uma prorrogação, o mais tardar, até 31 de dezembro de 2026, definida na resolução do conselho municipal de 18 de fevereiro para proteger a atividade desportiva do Torino e os interesses dos cidadãos.
«Vamos ver o que acontece com as hipotecas, entretanto garantimos a continuidade ao Toro para que possa continuar a jogar lá. Entretanto, porém, também abrimos manifestações de interesse de outros operadores. Mas reitero, o objetivo é definir o mais breve possível uma possibilidade de implementar um estádio que nos permita, como cidade, fazer considerações diferentes da mera concessão (arrendamento, nota do editor) que temos neste momento», acrescentou o prefeito.
«A questão do estádio é muito importante para mim. E agora estamos também abertos a manifestações de interesse por parte de outros operadores», concluiu Lo Russo, referindo-se a compradores alternativos ao Torino. E só a possibilidade de comprar também o estádio ao mesmo tempo poderá encorajar estas figuras a entrar no clube grená, dizendo adeus a Cairo após 20 anos.
Rui Queirós