O Paris Saint-Germain deu mais um passo em direção ao seu sonho europeu ao garantir uma vaga na final da Liga dos Campeões, superando o Arsenal com gols de Fabián Ruiz e Achraf Hakimi. Uma vitória por 2 a 1 nesta partida (totalizando 3 a 1 no placar agregado) confirmou o lugar do clube da Ligue 1 em Munique, onde enfrentará a Internazionale na grande decisão.
A Ascensão de Donnarumma: De Goleiro Criticado a Peça Chave
Desde sua chegada do AC Milan em transferência gratuita em 2021, Gianluigi Donnarumma frequentemente teve sua reputação marcada por atuações aquém do esperado em noites de Liga dos Campeões. Falhas notáveis haviam se tornado uma espécie de cartão de visitas e, ao mesmo tempo, motivo de memes, colocando o goleiro italiano no centro dos recentes dissabores do clube. No entanto, parece que a maré virou.
Houve uma notável transformação no status de Donnarumma na capital francesa após suas defesas heroicas na disputa de pênaltis contra o Liverpool nas quartas de final. O goleiro não é mais visto como um passivo, mas sim como uma peça fundamental para o futuro da equipe, a ponto de terem supostamente abandonado o interesse em contratar Lucas Chevalier como concorrência.
Um novo contrato de longo prazo para Donnarumma está no horizonte, e a confiança que os Parisienses estão demonstrando foi amplamente recompensada esta noite. O internacional italiano foi crucial para o PSG superar o ímpeto inicial do Arsenal. Os Gunners atacaram com Gabriel Martinelli e Martin Ødegaard, forçando Donnarumma a realizar defesas que foram tão vitais quanto espetaculares.
O PSG se Adapta à Pressão Intensa do Arsenal
O Arsenal chegou ao Parc des Princes com a clara intenção de dominar, e inicialmente parecia que cumpririam essa promessa. Apresentaram uma performance muito superior à do primeiro jogo. Pressionaram alto e sufocaram os anfitriões nos primeiros minutos, montando uma armadilha eficaz. O PSG encontrou dificuldades para sair da pressão, e quando tentava jogar bolas longas, os zagueiros do Arsenal se antecipavam, usando sua força física para recuperar a posse.
É difícil não creditar o retorno de Thomas Partey ao meio-campo (ausente no primeiro jogo por suspensão) um papel significativo nos lances iniciais (embora ele também tenha participado dos gols do PSG posteriormente). Sua presença fez falta no Emirates, e com ele de volta na base do meio-campo, Declan Rice pôde atuar em posições mais avançadas e contribuir para uma pressão mais efetiva.
Nos primeiros quinze minutos, o PSG foi neutralizado. Contudo, a situação começou a mudar à medida que o time da casa adaptou sua estratégia, cedendo o controle da posse ao Arsenal. Os Parisienses passaram a buscar atacar em transição e avançar a bola o mais rápido possível, explorando a velocidade de Khvicha Kvaratskhelia, Désiré Doué e Bradley Barcola para criar oportunidades no contra-ataque.
O Retorno Oportuno de Dembélé Impulsiona o PSG
Ousmane Dembélé era dúvida para esta partida. O ponta, que atuou como “camisa nove” no primeiro jogo, foi decisivo ao marcar logo aos quatro minutos, dando ao PSG uma vantagem mínima para a decisão desta noite. No entanto, ele foi forçado a sair de campo após sofrer uma lesão no tendão da coxa.
As notícias durante a semana indicavam incerteza sobre sua participação, com o clube da Ligue 1 esperando que ele pudesse jogar por alguns minutos. A boa notícia para o PSG durante o aquecimento foi a confirmação de que Dembélé estaria no banco. Na metade do segundo tempo, ele foi introduzido na partida.
O atacante desempenhou seu papel no segundo gol da noite, dando a assistência para o lateral Achraf Hakimi. Sua entrada ajudou a equipe da casa a ter mais controle de jogo, e não foi surpresa que o PSG pareceu muito mais à vontade com seu talismã em campo, selando uma vitória batalhada e sua merecida vaga na final da Liga dos Campeões.
O PSG frequentemente tropeçou nesta fase da competição, mas esta noite foi diferente. Uma atuação madura de um elenco jovem garantiu-lhes um lugar merecido na final e uma chance de conquistar o tão desejado “Santo Graal”.