O Paris Saint-Germain emitiu um comunicado na manhã deste domingo, condenando publicamente a gestão da Federação Francesa de Futebol em relação às lesões de dois de seus importantes jogadores, Ousmane Dembélé e Désiré Doué. Ambos os atletas do PSG sofreram contusões durante a recente vitória da seleção francesa por 2 a 0 contra a Ucrânia, em partida fora de casa válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
De acordo com o clube parisiense, uma carta detalhada contendo “dados médicos concretos sobre a carga de trabalho suportável e os riscos de lesões para seus jogadores” foi enviada à Federação Francesa antes do início da pausa internacional. No entanto, o PSG lamenta que essas informações não foram consideradas pelo departamento médico da seleção francesa.
Désiré Doué, que iniciou a partida como ponta direita, precisou ser substituído no intervalo. O ex-jogador da academia do Rennes sofreu uma distensão na panturrilha direita, uma lesão que o afastará dos gramados por aproximadamente quatro semanas. Já Ousmane Dembélé, que entrou em campo no segundo tempo substituindo Doué e também teve de sair posteriormente, o ex-ala do Barcelona enfrentará um período de inatividade de pelo menos seis semanas devido a uma “lesão grave no tendão da coxa direita“.
Diante dos acontecimentos, o Paris Saint-Germain faz um apelo veemente pela implementação de um novo protocolo de coordenação entre clubes e seleções nacionais. O objetivo principal seria “tornar a saúde dos jogadores e o seu apoio médico uma prioridade absoluta”. O clube da Ligue 1 expressa ainda sua insatisfação com a total ausência de consulta e colaboração com a equipe médica da França. Para o PSG, os incidentes “graves e evitáveis” ocorridos na última sexta-feira exigem ações corretivas rápidas e imediatas para evitar futuras recorrências.
Rui Queirós