Em uma entrevista abrangente para o jornal L’Équipe, Rayan Cherki (21) falou abertamente sobre os desafios que encontrou no Olympique Lyonnais no início da temporada. No verão passado, o talentoso jogador formado na academia do Lyon estava a entrar no último ano do seu contrato. O clube, desejando evitar perdê-lo a custo zero, estava interessado em negociá-lo.
O Paris Saint-Germain chegou a um acordo com o Lyon, mas alegadamente não conseguiu convencer Cherki a mudar-se. Por outro lado, o Borussia Dortmund convenceu o jogador, mas não o clube. Como resultado, o Lyon afastou Cherki da equipa principal, num esforço para forçar uma transferência durante aquela janela de mercado, uma situação frequentemente descrita como colocá-lo no “loft”.
No entanto, a janela de transferências fechou com Cherki a permanecer no seu clube de formação. Uma proposta do Fulham foi aceite pelo Lyon, mas rejeitada pelo jogador. Só após assinar uma extensão de contrato é que o Lyon o reintegrou na equipa para os jogos.
Recordando esse período, Cherki consegue ver o lado irónico da situação. Ele ri e comenta:
“Toda a gente se esquece disso. Ainda me faz sorrir. Mostra como o futebol pode ser ingrato, no sentido de que dei tudo ao clube. Assinei o meu primeiro contrato profissional aqui apesar de outras opções, renovei o meu contrato várias vezes, e sempre dei a minha palavra para não sair a custo zero. E, apesar disso, em troca, alguns tentaram magoar-me.”
Ele acrescenta com firmeza:
“Nunca desisti. Sabia onde queria chegar. Fui fortemente criticado por alguns internamente, o meu círculo próximo foi criticado… mas sou eu quem toma as decisões.”
Este ponto torna-se crucial quando pensa na próxima janela de transferências, onde já foi associado a uma mudança para o Manchester City. Cherki declara:
“Ninguém decidirá por mim como, porquê, ou para onde [irei].”