Saimon Bouabré, o jovem internacional francês de 19 anos, fez uma mudança notável neste verão, transferindo-se do AS Monaco para o Neom SC, da Saudi Pro League, em um negócio de 10 milhões de euros. Essa decisão surpreendeu muitos observadores do futebol.
A saída de Bouabré deveu-se principalmente à sua insatisfação com a quantidade de tempo de jogo que recebia no clube do Principado. Com apenas um ano restante em seu contrato, ele estava relutante em assinar uma extensão, uma postura que levou a um desentendimento no início do verão, enquanto ele lutava para garantir minutos em campo.
Durante esse período de desacordo, o AS Monaco adotou uma postura firme, impedindo Bouabré de participar do Campeonato Europeu Sub-21. O clube tinha o direito de fazê-lo, pois o torneio estava fora do calendário oficial da FIFA. No entanto, Bouabré foi autorizado a competir no torneio Maurice-Revello, que estava agendado dentro das datas da FIFA.
O CEO do Monaco, Thiago Scuro, esclareceu a posição do clube em relação ao torneio Euro Sub-21 em uma coletiva de imprensa no início de julho. “Ele precisa mostrar que merece algo do clube. A intenção era tê-lo aqui para a pré-temporada”, afirmou Scuro. Ele acrescentou, contrastando Bouabré com outros jogadores que foram autorizados a participar de torneios internacionais: “Com Christian (Mawissa) e Soungoutou (Magassa), não temos dúvidas (ambos foram autorizados a jogar). Precisamos que [Bouabré] se mostre, que mostre que pode jogar no nível. Ele poderia ter aproveitado melhor seus minutos [na temporada passada]. Eu disse isso a ele. Ele não jogou no nível que esperávamos. Primeiro, trata-se dos requisitos esportivos para ser um jogador do Monaco.”
Conversas Convincentes com Galtier Decisivas
Falando publicamente pela primeira vez desde sua transferência, Bouabré, atualmente em serviço internacional com os Les Bleues, explicou sua decisão à RMC Sport. “Eu estava procurando tempo de jogo em outro clube”, revelou o ex-atacante do Monaco. Ele elaborou: “Foi Christophe Galtier (treinador do Neom) quem me garantiu o maior número de minutos. Minhas conversas com ele foram fluidas, convincentes. Eu não tive muito tempo de jogo [no Monaco] e era isso que eu estava procurando. Ele disse que eu jogaria, e era isso que eu procurava. Dentro do razoável, a liga não importava.”
Rui Queirós