Luciano Spalletti insiste que não há “lacuna” entre a Itália e a Alemanha, apesar da derrota em casa por 2-1. “Não vejo por que não podemos fazer o mesmo lá”, afirmou o técnico.
As quartas de final da Liga das Nações agora parecem favorecer a Alemanha, após a vitória por 2-1 no jogo de ida no San Siro.
Sandro Tonali abriu o placar com uma forte atuação da Azzurra, mas o time desmoronou após o intervalo, com gols de cabeça de Tim Kleindienst e Leon Goretzka.
Questionado sobre a suposta diferença entre as duas equipes, Spalletti rebateu a premissa.
“Não há lacuna, essa é a análise deste jogo. Há uma diferença nos lances decisivos, pois eles aproveitaram ao máximo a altura extra e as poucas chances que criaram, enquanto nós não fizemos o mesmo”, respondeu o treinador.
“Este é o resumo da partida. Na minha visão, dou os parabéns a eles e digo que podemos ir jogar a classificação no jogo de volta.”
Spalletti já havia alertado que não quer que o pesadelo recorrente de sofrer gols de bola parada se torne um bloqueio psicológico para seus defensores.
“Não podemos continuar falando sobre isso. A Alemanha teve muitos escanteios no primeiro tempo e defendemos bem, mas eles têm essa força e a aproveitaram ao máximo. Podemos responder com outras características e qualidades.”
É uma montanha a escalar para a Itália reverter o déficit de 2-1 no jogo de ida em solo alemão, mas o treinador acredita em seu elenco.
“Este time tem caráter. Elogiei meus jogadores no vestiário. Nunca fomos superados nesta noite.”
“Não vejo por que não deveríamos estar convencidos de que podemos fazer o mesmo lá. Se quisermos ser objetivos, foi isso que vimos esta noite. Estou convencido de que podemos ter um bom desempenho lá, então discutiremos depois da partida.”
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Há preocupações em torno de Riccardo Calafiori, já que o zagueiro do Arsenal escorregou nos momentos finais da partida e caiu de forma estranha.
“Ainda não sabemos, ele disse que o joelho dele está estranho, mas não pode responder com mais precisão do que isso, então teremos que ver. Infelizmente, as travas dele escorregaram quando ele foi cortar um passe.”
“Posso dizer que Andrea Cambiaso está muito melhor, achamos que os próximos dois dias podem ser decisivos e se ele continuar com esse progresso, então ele pode jogar.”
Tonali não só marcou o gol de abertura, mas também foi uma figura dominante no meio-campo da Itália.
“Tonali é um meio-campista ofensivo, ele sempre tenta finalizar a jogada”, explicou Spalletti.
“É isso que esperamos dele. Ele provou novamente esta noite o quão forte ele é, estamos satisfeitos com o desempenho dele e esperamos que ele possa continuar assim.”
Com a ausência de Mateo Retegui por lesão, a única opção real para começar no ataque era Moise Kean.
“Ele confirmou esta noite o progresso que fez na Serie A com a Fiorentina. Kean não teve sorte em algumas situações, mas criou chances a partir de um serviço que foi difícil sob a agressiva linha defensiva alemã.
“Quando eles pressionam você com essa ferocidade, às vezes você tem que simplesmente chutar para frente, então ter um atacante que pode lutar por ela ou sofrer faltas é fundamental.”
Matteo Politano saiu após uma forte atuação e Mattia Zaccagni mal estava apto para o banco, então quem Spalletti convocará para o jogo de volta?
“Também dependia de Kean, que estava a um cartão amarelo da suspensão, mas conseguiu evitar isso. Teremos que avaliar Politano e Zaccagni, então, se Zaccagni não puder, chamaremos Tommaso Baldanzi ou um ponta.”
Rui Queirós