Os adeptos mais fervorosos do AC Milan, os ultras, anunciaram um protesto marcante para o último jogo da época da Serie A contra o Monza. A manifestação prevê que abandonem o estádio San Siro após os primeiros 15 minutos da partida, num gesto para deixar jogadores e dirigentes “sozinhos com a sua vergonha”.
A secção da Curva Sud, organizadora do protesto, divulgou um comunicado a detalhar os seus planos. A ação começará antes do jogo, com os adeptos a reunirem-se na Casa Milan, a sede do clube.
Posteriormente, seguirão para o San Siro. “Da Casa Milan, seguiremos para o estádio onde entraremos nos primeiros 15 minutos, fazendo a nossa voz ouvir dentro de San Siro”, lê-se no comunicado. “Depois abandoná-los-emos, deixando-os sozinhos com a sua vergonha.”
O comunicado enfatiza o caráter pacífico da manifestação: “Com a civilidade e o respeito que sempre nos distinguiram. Em pleno respeito pela opinião de todos, uma presença massiva em ambos os eventos no sábado será essencial para enviar uma mensagem clara de toda a massa adepta Rossoneri.”

Este protesto acontece no final de uma época considerada dececionante. A derrota por 3-1 contra a Roma no jogo anterior confirmou que o AC Milan não conseguirá qualificar-se para as competições europeias na época 2025-26, um resultado que não acontecia desde 2019-20.
O adversário, Monza, já viu o seu destino decidido, tendo sido despromovido para a Serie B há algumas semanas, pelo que também não tem objetivos a cumprir no jogo.
Ao longo da temporada, os ultras têm sido abertamente críticos da gestão do clube, chegando a pedir publicamente ao proprietário Gerry Cardinale para vender o AC Milan em várias ocasiões.
Apesar de terem conquistado a Supercoppa Italia nesta época, o desempenho geral da equipa tem sido inconsistente. O clube também enfrentou turbulência com mudanças na equipa técnica (mencionando Paulo Fonseca e Sergio Conceiçao no contexto original) e, fundamentalmente, falhou o objetivo de garantir um lugar na Europa para a próxima época.