Vindo de uma folga após um fim de semana livre de compromissos na Ligue 1, o PSG voltou à ação na Liga dos Campeões da UEFA buscando confirmar a classificação após uma vitória convincente no jogo de ida. Os parisienses viajaram para Villa Park com uma vantagem de 3-1.
Como esperado, a equipe da Premier League começou o jogo com muita intensidade, pressionando alto o campeão da Ligue 1. Essa pressão inicial se mostrou cara, com Hakimi marcando um gol logo no início, praticamente selando a eliminatória.
Superando a Tempestade
Faz 10 anos desde que Luis Suárez humilhou a defesa do PSG no Camp Nou em um confronto de quartas de final da Liga dos Campeões da UEFA. Atuações como essa em temporadas anteriores fizeram o Paris Saint-Germain ser criticado por ceder sob pressão em momentos decisivos na principal competição da Europa. Nos primeiros trinta minutos, com uma vantagem de 4 gols no placar agregado, o clima parecia totalmente diferente.
Sob pressão desde o primeiro minuto, o técnico do Aston Villa, Emery, instruiu seus jogadores a pressionarem a defesa do PSG para forçar erros no campo de ataque, buscando oportunidades perigosas. Isso não trouxe resultados imediatos, com o PSG marcando dois gols, mas quando Youri Tielemans diminuiu o placar, algo mudou.
Villa Park é um estádio histórico conhecido por atmosferas impressionantes, como demonstrado durante a partida, com a capacidade de virar um jogo. Os gols de Ezri Konsa e John McGinn pareciam ter abalado o PSG e fizeram o estádio explodir, com seu time a apenas um gol do empate. No entanto, eles conseguiram sobreviver à pressão imposta pelo clube de Birmingham e confirmar sua vaga entre os quatro finalistas.
Laterais no Ataque
Uma característica notável do PSG de Luis Enrique é a ausência de um atacante central de referência no time titular. No entanto, a capacidade de finalização dos seus laterais mostrou que a falta de um camisa nove não é um problema para o campeão da Ligue 1.
Em vez de atacantes, foram os seus laterais que o técnico do PSG teve que agradecer por praticamente definir o confronto logo no início. Achraf Hakimi e Nuno Mendes balançaram as redes nos primeiros 30 minutos. O jogador marroquino aproveitou um erro do goleiro do Villa durante uma de suas muitas incursões ao ataque, e Mendes marcou, após um ótimo primeiro toque, com a bola ainda tocando na trave.
As ultrapassagens e o posicionamento invertido adotados por ambos os jogadores durante a noite renderam frutos. Sua presença adicional no ataque, criando uma superioridade numérica e deixando um jogador sem marcação, surpreendeu a defesa do Villa nas ocasiões em que os comandados de Luis Enrique conseguiram superar a pressão adversária. Quem precisa de atacantes quando se tem laterais?
Donnarumma – O Diferencial
Após sofrer dois gols em rápida sucessão, a vantagem do PSG ficou por um fio. A vantagem de 4 gols do PSG desapareceu em questão de minutos. Muitos esperariam que, com o embalo da equipe da casa, essa vantagem desaparecesse, e quase aconteceu, não fosse Donnarumma fazer duas defesas cruciais.
Youri Tielemans, buscando seu segundo gol na partida, cabeceou buscando o ângulo superior esquerdo, em um momento em que tudo que o Aston Villa tocava parecia resultar em gol. Com a vantagem do clube da Ligue 1 prestes a sumir, o goleiro italiano fez uma defesa espetacular para manter a magra vantagem do PSG intacta.
A segunda defesa impediu o que poderia ter sido um momento marcante. Marco Asensio, emprestado ao Aston Villa pelo PSG, ficou cara a cara com Donnarumma, e um gol que parecia inevitável parecia destinado a acontecer. No entanto, o goleiro do PSG saiu rápido para afastar o perigo e arruinar qualquer esperança de Asensio levar a melhor sobre seu clube de origem.
Donnarumma passou por uma noite difícil, sofrendo três gols, mas essas duas intervenções cruciais foram a diferença entre voltar para Paris de mãos vazias ou garantir um encontro com Arsenal ou Real Madrid na próxima fase da competição.